Críticas não preocupam Tite após ''lua de mel'' antes da Rússia: ''A unanimidade nunca foi minha''

Tite foi impulsionado por um início de trabalho respaldado por bons resultados. Chegou na Copa do Mundo cercado de confiança e expectativa positiva. Mas a eliminação precoce na Rússia mudou o ambiente em volta. Os elogios constantes foram substituídos por algumas críticas na retomada do trabalho após o Mundial. Nada, no entanto, que preocupe o treinador.

''A unanimidade sempre foi de vocês, nunca foi minha. Tenho muitos inimigos, muitas pessoas que eu não gosto''.

  • Muitas que divergem e eu democraticamente as respeito. Tanto foram as manifestações quando cheguei, como são as críticas agora - frisou o treinador.

Tite durante a coletiva de convocação da Seleção — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Por mais que Tite reforce que não se considerava essa unanimidade, seu nome era tido como o ideal para o cargo antes e durante o trabalho que levou a Seleção até a Copa do Mundo. Decisões chaves na Rússia foram provicenciais para essa quebra: insistência em jogadores sem condições físicias ideais e em um esquema tático que já não se mostrava tão efeito. Houve também questionamentos na manutenção de Gabriel Jesus no time titular mesmo com a ausência dos gols, enquanto Firmino vinha de sua melhor temporada pelo Liverpool.

Na segunda convocação desde o fim da Copa do Mundo, Tite seguiu a linha da mescla entre a manutenção de uma base da Copa e a renovação de jogadores visando o time ideal para a Copa América de 2019. Ao ser perguntado sobre esse novo momento, mais exposto às críticas, o treinador se mostrou aberto a encarar questionamentos.

E usou até de bom humor para isso.

  • A crítica faz pensar. Se for profunda, te ensina. Tenho a capacidade de absorver e me reinventar. Quando é de informação errada, é de incompetência ou tem outro objetivo. A crítica é da vida, do jogo.

''Quer falar mal de mim, me convida. Eu sei coisas terríveis ao meu respeito (risos)'', disse o treinador.

Gabriel Jesus volta a ser bancado: ''Joga muito''

Por falar em críticas, Gabriel Jesus está de volta. Fora da lista dos amistosos de setembro, o atacante do Manchester City foi convocado para os dois jogos de outubro. Atualmente, ele é reserva da equipe inglesa. Ao ser questionado sobre o camisa 9 da última Copa, Tite voltou a defender o atacante e também outros nomes.

  • Gabriel joga muito, é o goleador da Seleção. Não fez gol na Copa. Concorrência leal faz parte, eleva nível técnico. Miranda fez baita Copa e está voltando. Thiago fez baita Copa e está fora nessa. Tem que olhar a curto, médio e longo prazo. Não sei até quando vou ficar, tenho que deixar um legado de atletas. A necessidade de desempenho é constante - completou.

A Seleção vai treinar nos dias 8, 9 e 10 de outubro no CT do Tottenham, em Londres, que também serviu de preparação para a última Copa do Mundo. Da Europa, a delegação embarca para a Arábia Saudita, onde enfrenta os donos da casa no dia 12, em Riade. No dia 16, a adversária será a Argentina, em Jidá.





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