Em comemoração ao Jubileu de Diamante, alunos “abraçam” EM José de Anchieta

A Escola Municipal José de Anchieta recebeu na manhã do dia 30, um “abraço” coletivo de seus alunos, professores e colaboradores, em comemoração ao seu aniversário de 60 anos. Em agosto de 1958, começava a história desta que hoje é a maior escola de Sumaré. Além do abraço, a comemoração contou também com apresentação da fanfarra da própria escola, um sonoro “parabéns” e a distribuição de bolo aos alunos. No período da tarde, a “festa” continuou com a apresentação de danças das crianças. O Jubileu de Diamante contará ainda com um Jantar Dançante, dia 29 de setembro, às 20h, no Clube Recreativo. Os convites já estão à venda na secretaria da unidade escolar.

“É com muita alegria que comemoramos este Jubileu de Diamante. A Escola José de Anchieta é uma das mais antigas da nossa cidade e hoje a maior escola de Sumaré, atendendo a mais de 1.600 alunos no Ensino Fundamental, todo ano. É uma escola de referência em nosso município, que cresceu junto com Sumaré e que faz parte da história de milhares de sumareenses, além da própria Educação Municipal, tendo formado ainda centenas de professores nos cursos de Magistério. As festividades visam resgatar a história da escola e também promover cultura, arte e lazer para toda a comunidade”, comentou o prefeito Luiz Dalben.

As comemorações tiveram início no último sábado, dia 25, quando a escola foi aberta à comunidade com apresentações de dança dos alunos – passando por ritmos dos últimos 60 anos – bingo, barracas de alimentação e brinquedos infláveis para as crianças.

Hoje, os alunos participaram do “abraço” coletivo e também de um ato cívico, com a execução dos hinos Nacional e de Sumaré, apresentações de música, dança e da fanfarra. Participaram das atividades a secretária municipal de Educação, Mirela Cia Medeiros – que se lembrou da época em que estudou na escola –, a diretora da EM José de Anchieta, Mirian da Silva Pimenta, e o vereador Rubens Champam.

O Jubileu de Diamante da Escola Municipal José de Anchieta também será comemorado com um Jantar Dançante, que acontece no dia 29 de setembro, às 20h, no Clube Recreativo de Sumaré. O evento contará com buffet e banda ao vivo, e qualquer interessado pode participar. Os convites já estão à venda na secretaria da escola. O valor é de R$ 70,00 por pessoa, até o dia 6 de setembro, e de R$ 80 do dia 6 ao dia 14 de setembro. Crianças de zero a cinco anos não pagam e para crianças de 6 a 10 anos, o valor é de R$ 30,00. Os interessados podem entrar em contato com a escola pelo telefone 3873-1574.

“Este é um momento muito especial e preparamos essas atividades com muito carinho, com a finalidade de contar um pouco da história da EM José de Anchieta e também de homenagear os alunos e ex-alunos, professores e ex-professores, todos os que contribuíram e contribuem para a construção de um ensino público de qualidade e referência”, disse a secretária municipal de Educação, Mirela Cia Medeiros.

HISTÓRIA – Com a colaboração da Associação Pró-Memória de Sumaré

    A história da Escola Municipal José de Anchieta começou no dia 6 de abril de 1956, quando o Padre José Giordano, primeiro prefeito de Sumaré, promulgou a Lei nº 31, que criou “uma classe escolar municipal para funcionamento na cidade de Sumaré, com denominação de ‘José de Anchieta’”. A mesma lei também criava o cargo de professor para esta escola. A primeira professora foi Maíba Aparecida Maluf, que começou a lecionar numa classe em agosto de 1958 – por isso, o aniversário da escola é comemorado nesta data.

A escola funcionava no mesmo prédio do antigo Grupo Escolar André Rodrigues de Alkmin. Segundo relato de antigas professoras, os primeiros alunos do curso primário eram os filhos das professoras e crianças vindas da periferia, uma vez que a escola não tinha ainda credibilidade. O trabalho da primeira equipe de docentes foi desafiador. Visando uma educação de qualidade e o aprendizado dos alunos, as professoras se reuniam na casa de uma delas para planejar. Como ainda não existia a recuperação para os alunos com dificuldades, as professoras os levavam para suas casas, no período oposto, e de maneira voluntária ministravam reforço para estes alunos. E para os alunos carentes, as professoras se reuniam com a comunidade para angariar fundos para a compra de materiais. Este trabalho resultou numa confiabilidade e integração muito importante entre escola e família.

O trabalho deu tão certo, que a escola foi ganhando credibilidade e por volta de 1974, devido à grande procura por parte dos pais, havia fila na porta da escola, durante o período de matrícula, sendo necessária uma triagem para o ingresso na 1ª série. Criou-se uma espécie de “vestibulinho”, que selecionava os candidatos, pois a escola não comportava a grande quantidade de alunos.

Para atender a crescente demanda, foi construído um novo prédio – onde a escola está localizada atualmente. O prédio foi inaugurado em 1988, na Rua Geraldo de Souza, nº 157-221, Jardim Carlos Basso. O terreno foi doado pelo então proprietário o Sr. Carlos Basso, com a condição de que o espaço fosse utilizado para a construção de uma escola.

Com múltiplos ambientes como sala de artes, laboratório de química e biologia, auditório e quadra coberta, a Escola Municipal José de Anchieta também ganhou outro diferencial – o CEAV (Centro de Educação Ambiental Vivenciado), que hoje serve a toda a rede municipal de Ensino. A escola foi a primeira da região a criar uma área verde para a educação ambiental, tornando-se uma referência nacional. O projeto foi idealizado por Fernando Wucherpfenning, ambientalista, paisagista e pai de aluno da EM José de Anchieta na época, junto com a equipe de professores, especialistas, alunos e demais pais. Lançado oficialmente na primavera de 1989, surgia no terreno ao lado da escola um laboratório vivo na escola, com o plantio de inúmeras árvores, flores e ainda a implantação de um lago onde se cria peixes de várias espécies.

Ao longo da sua história, a EM José de Anchieta e todos os que passaram por ela construíram um trabalho de qualidade, respeitado até hoje por seus bons resultados em avaliações externas, como o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), alto índice de aprovações em “vestibulinhos” para o Ensino Médio/Técnico, prêmios em festivais de teatro e dança, Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e até mesmo na Olimpíada Brasileira de Astronomia.





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