Corona vírus voltam ao pico da segunda onda em Americana

As internações pelo novo coronavírus (Covid-19) nos hospitais de Americana voltaram ao patamar do final de março e início de abril, quando foi registrado o pico da segunda onda. Entre suspeitos e confirmados, 183 pessoas estão internadas nesta terça-feira no Hospital Municipal, São Lucas, São Francisco e Unimed. Desse total, 90 estão em leitos com respiradores e 93 em enfermarias.

O número recorde de internados foi em 31 de março, com 191 pacientes. Quando foi anunciada a fase emergencial, mais restritiva que a vermelha, Americana tinha 115 internados. Ou seja, o recorde de internados da pandemia ocorreu após duas semanas de restrições, e a cidade já está próxima desse número, mas por enquanto não tem prevista nenhuma medida para contenção da circulação.

Infectologista que atua na rede privada, Arnaldo Gouveia Junior revelou que os hospitais particulares de Americana já estão enviando pacientes para outros municípios, como Campinas e São Paulo.

O médico calcula que 80% dos internados têm menos de 60 anos, e que a faixa com mais hospitalizações está entre 35 e 45 anos. Ele credita o cenário a um efeito da vacinação.

“O idoso quando ficava ruim, em uma semana já tinha definido se ia ficar bom ou não. O pessoal mais novo é resistente, vai para a UTI e a maior parte tem resultado melhor que idosos. Mas ficam um mês, um mês e meio internados, então leito de UTI não roda, acumula e não tem mais onde pôr”, disse o médico.

O impacto dos hospitais sobrecarregados começa a ser sentido em outras áreas além da Covid, já que os recursos precisam ser mobilizados. Nas duas últimas semanas, foram abertos 20 novos leitos para Covid na cidade, saltando de 170 para 190 vagas.





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